segunda-feira, 24 de maio de 2010

Mudança de Endereço

Estou mudando o endereço de divulgação dos meus textos. Este blog não será mais atualizado. Todos os textos foram migrados para o endereço http://letrascristas.wordpress.com, e já existem novos textos lá também.

Espero que Deus continue abençoando a vida de vocês através desse novo blog.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

O Verdadeiro Sucesso

Atualmente, algumas palavras e expressões têm ganhado força, tornando-se até mesmo atrativas em títulos de livros, palestras, etc. É o caso de “sucesso”, “bem-sucedido”, “felicidade”, “produtividade”, “prosperidade”, entre outras. E sempre que lemos ou ouvimos algo sobre esses temas, percebemos que para sermos “bem-sucedidos” nos dias atuais é necessário conhecimento. Quanto mais se conhece a respeito de uma área de atuação, maiores as chances de sucesso.

As pessoas, no entanto, enfatizam o conhecimento aplicado profissionalmente e se esquecem do conhecimento aplicado espiritualmente, que, ao meu ver, é muito mais importante, pois nunca se torna obsoleto. Ao contrário, suas consequências são eternas.

“Jesus dizia, pois, aos judeus que criam nele: se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” (João 8.31,32).

Conhecer a Deus, conforme a sua palavra, produz liberdade. Permanecer na palavra de Jesus Cristo garante que não seremos mais escravos do pecado. Talvez alguém ache que isso não influencia em nada o sucesso profissional ou financeiro, mas é incalculável o benefício que essa liberdade traz para a vida eterna. Escravos não entrarão no céu. Qualquer jugo que não seja o de Jesus (cf. Mateus 11.29,30) não pode ser carregado ao lar celestial.

Isaías, numa de suas profecias, afirmou: “E acontecerá, naquele dia, que a sua carga será tirada do teu ombro, e o seu jugo do teu pescoço; e o jugo será despedaçado por causa da unção.” (Isaías 10.27).

A unção despedaça o jugo, tira o peso, liberta. E como fazer para adquirir essa unção? Simples. Tem a unção quem tem o Espírito Santo. Aquele que recebe Jesus Cristo pela fé e passa a ser morada do seu Espírito (cf. 1 Coríntios 3.16), esse tem a unção. João explicou isso:

“E vós possuís unção que vem do Santo e todos tendes conhecimento.” (1 João 2.20).

Aqui, João explica o método usado pela unção para libertar: o conhecimento. Não um conhecimento qualquer, mas o conhecimento de Deus. Dessa forma, podemos dizer que há uma sequência de eventos que acontecem quando convidamos Jesus para ser Senhor de nossas vidas. Recebemos Jesus; tornamo-nos habitação do Espírito (unção); adquirimos conhecimento de Deus; somos libertos!


Conhecer a Deus é, portanto, o segredo do sucesso daqueles que são bem-sucedidos espiritualmente.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Ter Fé é o Bastante?

A dita “Semana Santa” chegou e, junto com ela, vieram várias demonstrações de fé por parte de muita gente. É impressionante como esses dias têm o poder de mexer com as emoções das pessoas e fazê-las lembrar de algo que durante o restante do ano passa despercebido: a fé. Elas participam de várias celebrações e dão entrevistas para os mais variados jornais contando as graças alcançadas e mostrando suas penitências.

Por falar em penitência, a que mais me chamou a atenção foi aquela escolhida por alguns homens nas Filipinas, que resolveram imitar Cristo mais até do que Paulo nos ensina (cf. 1 Coríntios 11.1). Eles carregaram literalmente suas cruzes e, não satisfeitos com isso, foram fixados nelas com pregos de aço nas mãos e nos pés. Não. Eles não morreram, mas sofreram um bocado! O que eles dizem disso? Declaram que é um ato de sacrifício para pedir a Deus algum tipo de bênção.

Que fé! Não podemos ter outra reação ante essas atitudes, a não ser admirar o tamanho da fé desses homens. Não podemos, no entanto, apreciar a qualidade da fé deles. Não basta ter fé; é preciso ter a fé certa. A fé, a respeito da qual o autor da carta aos Hebreus escreve dizendo que sem ela é impossível agradar a Deus, não é qualquer fé. Não podemos achar que Cristo esteja interessado apenas em que o homem creia em algo místico, sobrenatural, pois nisso o diabo também crê, e peca até agora.

A penitência dos homens Filipinos demonstra uma fé inútil, pois anula o que fez o Autor da fé. Subindo em suas cruzes para se sacrificar, aqueles homens tornam vão o que Cristo já fez uma vez por todas. Jesus foi até a cruz para que nós não tivéssemos que passar por esse processo. Ele sofreu para que eu não tivesse que pagar com minha vida, ou com meu sangue, pelos meus próprios pecados; então Ele o fez por mim.

A Páscoa não deve ser para os homens motivo de tristeza ou de penitência. Deve ser mais um momento de relembrar a graça que Deus nos ofereceu em enviar seu Filho ao mundo, para morrer e, assim, pagar um preço que nenhum de nós podia pagar. Deve ser também um momento de rememorarmos que graça não se compra, nem se compensa com sacrifícios, mas simplesmente se recebe com gratidão no coração.


Tenhamos, portanto, a verdadeira fé, que é resumida pelo próprio Jesus quando afirmou que “Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3.16).

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Modalidades de Escape: Fedendo ou Cheirando

Assistindo ao telejornal, ontem, fiquei espantado com algumas cenas de uma mesma reportagem. Câmeras flagraram motoristas que, ao desrespeitar o sinal vermelho, atravessaram a linha férrea centésimos de segundo antes de serem atingidos pelo trem. Foi impressionante! As cenas eram dignas de filmes de ação. Parecia até mesmo que tudo havia sido ensaiado. Também foram flagrados pedestres fazendo o mesmo. Um deles até perde o sapato, pois, no instante em passava, seu pé foi atingido (“de raspão”) pelo trem. Isso sim é o que eu chamo de “escapar fedendo”.

Creio que todos nós conhecemos essa expressão. Ela indica que alguém deixou de sofrer algo por muito pouco, “por um triz”. O homem que não morreu porque a caneta que levava no bolso da camisa desviou a trajetória da bala e amorteceu o impacto. O deputado que não foi cassado por causa de uma diferença de um voto no Congresso. O goleiro que viu a bola passar rente à sua trave pela linha de fundo, quando ele nada mais podia fazer. Em todos esses casos cabe a famosa expressão: Escaparam fedendo.

No instante em que passamos por essas situações, ficamos apreensivos, mas quando olhamos para trás percebemos como é bom escapar dessa maneira. Existe, porém, uma forma melhor ainda de vivenciar situações como essas. Aconteceu na Babilônia.

Nabucodonosor mandou fazer uma estátua de ouro e reuniu todos aqueles que tinham cargos administrativos para o dia da consagração do monumento (ver Daniel 3). A ordem era a seguinte: Ao som dos instrumentos, todos deveriam curvar-se diante da estátua e adorá-la, pois aquele que não o fizesse seria lançado na fornalha de fogo ardente.

Diante de tamanha ameaça, poucas pessoas naquela reunião pensariam na expressão “escapar”. Qualquer um que entrasse na fornalha sairia “fedendo”, mas sairia morto. Qualquer um, com exceção de três homens: Sadraque, Mesaque e Abednego. Esses três jovens não se prostraram diante da estátua, e Nabucodonosor, ao saber disso, resolveu tomar satisfações. No entanto a resposta deles para o rei ímpio foi fantástica:

“Responderam Sadraque, Mesaque e Abednego, e disseram ao rei Nabucodonosor: Não necessitamos de te responder sobre este negócio. Eis que o nosso Deus, a quem nós servimos, é que nos pode livrar; ele nos livrará da fornalha de fogo ardente, e da tua mão, ó rei. E, se não, fica sabendo ó rei, que não serviremos a teus deuses nem adoraremos a estátua de ouro que levantaste” (vv. 16-18).

A disposição desses homens é para nós um exemplo de confiança. Mesmo sem saber o que lhes aconteceria, eles fincaram seu coração naquilo que eles sabiam que era o certo. Independentemente das consequências que isso poderia trazer, eles decidiram obedecer a Deus. Sabiam que o Senhor poderia livrá-los, mas sabiam também que Ele é Soberano e poderia até mesmo deixá-los morrer. No entanto, eles não abriram mão de sua fé.

O que aconteceu depois foi um dos mais belos milagres registrados nas Escrituras. Os três homens foram lançados atados na fornalha, que havia sido aquecida sete vezes mais. No auge de sua frieza, o rei Nabucodonosor decidiu assistir a iminente morte dos desobedientes, mas algo não saiu como o esperado.

Achando que precisava de uma consulta com um oftalmologista, o rei consulta seus conselheiros:

“Não lançamos nós, dentro do fogo, três homens atados? Responderam e disseram ao rei: É verdade, ó rei. Respondeu, dizendo: Eu, porém, vejo quatro homens soltos, que andam passeando dentro do fogo, sem sofrer nenhum dano; e o aspecto do quarto é semelhante ao Filho de Deus” (vv. 24,25 – ênfase minha).

Somente o fato de eles não sofrerem dano algum já faz desse episódio um enorme milagre. Some-se a isso o fato de terem sido lançados atados e, logo em seguida, estarem soltos, passeando. Mais ainda: o próprio Filho de Deus lhes faz companhia dentro do fogo. Acha que o milagre já está grande demais? Então, leia isto:

“E reuniram-se os príncipes, os capitães, os governadores e os conselheiros do rei e, contemplando estes homens, viram que o fogo não tinha tido poder algum sobre os seus corpos; nem um só cabelo da sua cabeça se tinha queimado, nem as suas capas se mudaram, nem cheiro de fogo tinha passado sobre eles (v. 27 – ênfase minha).

Pronto! Agora o milagre tomou proporções impensáveis. Sadraque, Mesaque e Abednego passaram por uma fornalha de fogo e... escaparam “cheirando”! Só Deus pode proporcionar tal livramento.

Fica, portanto, para nós o exemplo desses homens. Se estivermos passando por alguma fornalha espiritual, sentimental, financeira, ou de qualquer outra ordem, a melhor coisa a fazer é não abrir mão da obediência a Deus. A melhor solução é não entrar em acordo com o inimigo.


Fazendo isto, corremos o risco de escapar “cheirando”.


sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

O Evangelho Mudou?

Ontem, parei para escutar algumas músicas. Não faço isso com muita freqüência, mas ontem me senti impelido para isso. Eu estava matando as saudades das belas músicas do grupo Logos, quando um trecho da música “O Evangelho” quase se materializou na minha frente (o exagero faz parte de mim, de vez em quando). Transcrevo-o:

“Eu sinto verdadeiro espanto no meu coração

Em constatar que o evangelho já mudou.
Quem ontem era servo agora acha-se Senhor
E diz a Deus como Ele tem que ser”.

Gosto de canções que nos fazem pensar, mas, infelizmente, elas estão se tornando cada vez mais escassas em nosso meio cristão (mas isso é assunto para outra conversa).

De fato, vemos, no meio cristão, um crescente sentimento de “senhorio” por parte de alguns. Como diz a música, o servo passou a pensar que manda e Deus é o alvo de suas ordens e reivindicações. Acho que o pensamento dominante da sociedade – o de que cada um deve tentar crescer e aparecer para ganhar o seu “lugar ao sol” – está tomando conta de alguns crentes. “Deus, eu não aceito! Tu tens que me dar aquela bênção!”, esbravejam os senhores de ninguém.

Certa vez, conversando com uma mulher cristã, ela me contou como havia colocado Deus “no canto da parede” e tinha “exigido” (foram exatamente essas as suas palavras) a bênção do seu casamento. E, realmente, Deus fez do jeito que ela pedira. Será que foi porque Deus se viu sem saída, ou porque suas misericórdias são as causas de Ele não nos ter consumido (cf. Lamentações 3.22)?

O evangelho para alguns – já dizia o grupo Logos – mudou. O evangelho de Jesus, porém, permanece o mesmo e é um pouco diferente. Depois de lavar os pés dos discípulos, Jesus ensina:

“Compreendeis o que vos fiz? Vós me chamais Mestre e Senhor e dizeis bem; porque eu o sou. Ora, se eu, sendo o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também.” (João 13.12b-15).

Paulo também faz questão de nos lembrar de que devemos ter “o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz.” (Filipenses 2.5-8).

Penso também que João Batista não teria muito lugar nesse “novo evangelho”, pois o que ele queria era diminuir, para que Cristo aparecesse (cf. João 3.30).

E o que dizer dos vinte e quatro anciãos que João (não o Batista) viu ao redor do Trono de Deus? Na cabeça de cada um deles havia uma coroa de ouro (cf. Apocalipse 4.4). Não podemos, então, achar que eles não tinham algum tipo de prestígio ou status. Sim, eles os tinham! As coroas de ouro são coisas preciosas; algo a que, com certeza, alguém possa se apegar. No entanto, a reação desses anciãos diante do trono do Senhor é simplesmente espetacular. Leia:

“E, quando os animais davam glória, e honra, e ações de graças ao que estava assentado sobre o trono, ao que vive para todo o sempre, os vinte e quatro anciãos prostravam-se diante do que estava assentado sobre o trono, e adoravam o que vive para todo o sempre; e lançavam as suas coroas diante do trono, dizendo: Digno és, Senhor, de receber glória, e honra, e poder; porque tu criaste todas as coisas, e por tua vontade são e foram criadas.” (Apocalipse 4.9-11, ênfase minha).

Diante daquele que é o Soberano do Universo, os vinte e quatro anciãos só tinham uma atitude apropriada a tomar: Engrandecê-lo. E eles fizeram isso abrindo mão de suas coroas, sua posição, seu status, e assumindo a forma de servos reverentes, prostrando-se.

Não podemos tirar nossos olhos dessa realidade. O verdadeiro evangelho não mudou, e mesmo que eu ache o contrário, aquele que era servo continua servo e o Senhor ainda é o mesmo: Jesus Cristo. A única vontade que permanece boa, perfeita e agradável é a dEle.

Deixo aqui, então, toda a letra dessa bela canção, para nosso conforto:



Eu sinto verdadeiro espanto no meu coração
Em constatar que o evangelho já mudou.
Quem ontem era servo agora acha-se Senhor
E diz a Deus como Ele tem que ser

Mas o verdadeiro evangelho exalta a Deus
Ele é tão claro como a água que eu bebi
E não se negocia sua essência e poder
Se camuflado a excelência perderá!

O evangelho é que desvenda os nossos olhos
E desamarra todo nó que já se fez
Porém, ninguém será liberto, sem que clame
Arrependido aos pés de Cristo, o Rei dos reis.

O evangelho mostra o homem morto em seu pecar
Sem condições de levantar-se por si só
A menos que, Jesus que é justo, o arranque de onde está
E o justifique, e o apresente ao Pai.

Mostra ainda a justiça de um Deus
Que é bem maior que qualquer força ou ficção
Que não seria injusto se me deixasse perecer
Mas soberano em graça me escolheu

É por isso que não posso me esquecer
Sendo seu servo, não Lhe digo o que fazer
Determinando ou marcando hora para acontecer
O que Sua vontade mostrará.

O evangelho é que desvenda os nossos olhos
E desamarra todo nó que já se fez
Porém, ninguém será liberto, sem que clame
Arrependido aos pés de Cristo, o Rei dos reis.