quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Coral "Manco" É Melhor!

Há alguns dias (pouco mais de dois meses), o coral que Deus dirige usando a minha pessoa estava comemorando seus 23 aninhos (antes que alguém faça contas precipitadas, não sou fundador do coral). Fizemos quatro cultos de ações de graças e, nos dois últimos, nossa situação estava complicada. Como assim? É simples. Havíamos ensaiado algumas músicas novas, mas pelo pouco tempo que tivemos para prepará-las, elas não estavam – digamos – tão “audíveis”.

Reuni o grupo no último ensaio e disse o que eles já sabiam: “precisamos de um milagre de Deus”. E Ele o fez. Durante esses dois últimos cultos, vimos Deus fazendo por nós o que não poderíamos fazer. Não vou dizer que as músicas foram executadas de forma a agradar os mais cruéis críticos musicais, mas sei que o som que saía de nossas bocas não seria o mesmo se não houvesse uma intervenção divina. Em vista disso, eu só tinha uma conclusão à qual chegar: “Nosso coral é totalmente dependente de Deus”. E foi isso o que eu disse à igreja naquelas duas noites.

Não temos nenhum corista chamado Jacó, mas se o filho de Isaque (aquele do Gênesis) cantasse conosco, certamente ele diria: “Já vi esse filme antes”. Sim, ele já passara por uma experiência de dependência.

Veja. Ele está sozinho (cf. Gênesis 32.22-32). Sua única companhia é o medo de encontrar-se com seu irmão Esaú, ao qual enganou. Não bastasse isso, surge um homem querendo briga. Você sabe: quando um não quer, apanha sozinho; portanto, Jacó lança-se aos murros contra aquele homem. A luta parece equilibrada até que a alva começa a subir. Como não consegue prevalecer, e quer ir embora, o tal “homem” desloca a juntura da coxa de Jacó. Porém, vemos um Jacó determinado a mudar de vida, pois ele já reconheceu que esse “homem” o pode abençoar.

“(...) Não te deixarei ir, se não me abençoares” (v.26).

Após Jacó reconhecer sua identidade usurpadora, seu nome é mudado para Israel e muita coisa muda daí por diante na sua vida. No entanto, quero ater-me a apenas uma mudança. Está escrito:

“E saiu-lhe o sol, quando passou a Peniel; e manquejava da sua coxa (v.31 – ênfase minha).

Imagine Jacó, depois da luta, ao raiar do dia, ferido, sujo, cansado, maltrapilho, mancando, mas abençoado. Abençoado pela fé, pois, na prática, nada havia mudado ainda, a não ser o seu nome. Você pode vislumbrar a cena: Jacó aproximando-se das suas mulheres (mancando, não se esqueça!), dos seus filhos e dos seus servos e anunciando que a partir daquele dia ele deveria ser chamado de Israel e que tudo mudaria para melhor? Alguém pode ter duvidado das palavras de Jacó, ou melhor, Israel (perdão). Ele não tinha nenhum sinal de bênção, pelo contrário, o que ele tinha eram marcas de uma luta. No entanto, ele mancava. Para Israel, isso era suficiente.

A princípio, não era possível visualizar a bênção, mas, a cada passo que ele dava, vinha à sua mente a imagem do “homem” abençoador de Peniel. Aquilo que parecia um dano físico era, na verdade, um penhor espiritual, a garantia de que dias melhores viriam. A Bíblia não nos informa quanto tempo Israel mancou. Pode ter sido por alguns dias ou pelo resto da vida. O que é certo é que cada passo falho mostrava-lhe o quanto ele era dependente de Deus.

Se ele cantasse no nosso coral, poderia nos ensinar essa lição de viva voz.


Agora, somos um coral de “mancos”: pessoas tocadas e abençoadas pelo “homem” de Peniel. Pessoas completamente dependentes dEle.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Deus Chama você para ser um Religioso

Todos nós já passamos por uma situação constrangedora. Aquela queda em plena calçada da avenida mais movimentada da cidade; ou aquela pessoa da qual você se aproximou cheio de brincadeiras até perceber que não era quem você estava pensando; ou, ainda, aquela vez em que você trocou o nome da sua namorada exatamente na hora do “eu te amo”. Lembra? Espero que não.

Essas situações enchem-nos daquele mesmo sentimento que invadiu Adão e Eva no momento em que pecaram: vergonha. E é com esse sentimento que quero relatar para você uma situação que vivi.

Caminhando pelo calçadão da praia de Ponta Negra, à noite, passei por duas crianças que, deitadas no chão, dormiam, tentando aquecer-se mutuamente. Pensei comigo que não havia o que fazer. Eu não poderia ajudá-las. Será? Senti-me como aquele sacerdote (ou como o levita) do capítulo 10 de Lucas, que viu o homem caído no caminho e passou de largo (Lucas 10.31,32). Nada fiz para ajudar os meninos.

Refletindo sobre tudo isso, comecei a questionar um determinado discurso que a cada dia torna-se mais comum nos púlpitos das igrejas: “Deus não o chamou para ser um religioso”.

Alguns pregadores tomam por base o fato de, nem o sacerdote, nem o levita haver demonstrado amor para com o homem semimorto, para divulgar a idéia de que você não precisa ser um religioso para fazer a vontade de Deus. O lema atual é: “Diga não à religiosidade e sim a Jesus”. Bonito, não é? Seria, se não houvesse algo sutilmente escondido por trás de tudo isso.

As pessoas não se dão conta de um detalhe importantíssimo: O sacerdote e o levita do texto de Lucas não eram verdadeiramente religiosos. Não? Não. E quem vai explicar-lhe isso é o irmão Tiago:

“A religião pura e sem mácula, para com o nosso Deus e Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e a si mesmo guardar-se incontaminado do mundo” (Tiago 1.27).

Se eu ignoro a situação do meu próximo, de fato, não ajo como um seguidor da verdadeira religião. Este é o cerne da questão. Ser um religioso, aos olhos humanos, é ser membro de uma instituição ou igreja. Ser um religioso verdadeiro, aos olhos de Deus, é fazer conforme o ensino de Tiago.

O problema é que há alguns que transformaram o termo “religião” ou “religiosidade” em algo quase pejorativo. E isso é perigoso! É perigoso porque o que está crescendo bem debaixo do nosso nariz é uma geração de crentes que não querem ter compromisso com nada e com ninguém. Eles acham que cumprir os “ritos” de uma igreja fará deles meros religiosos, e não seguidores de Cristo. E, sutilmente, isto vai fazendo com que alguns achem que a instituição “igreja” não possui nenhum papel relevante na sociedade.

Essa geração de que falo preocupa-se tanto com a “parte espiritual” de sua vida, que se esquece do papel social da igreja do Senhor. É imprescindível perceber que, sem me preocupar com o meu próximo, não posso agradar a Deus.

Para alguém ser um verdadeiro religioso, Tiago enumera duas coisas: (1) “visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações” (isto fala do relacionamento da igreja com a sociedade) e (2) “a si mesmo guardar-se incontaminado do mal” (isto fala do relacionamento com Deus). Agora, responda-me: Deus não chamou você para ser um religioso? Claro que sim!

De que adianta falar do amor de Deus, se eu mesmo não demonstro esse amor? Não podemos viver um Evangelho puramente teórico. Cristo deixou-nos o exemplo. Ele não apenas ensinou multidões, mas também as alimentou. Por quê? Porque ele sabia que, na didática divina, o processo de ensino-aprendizagem nunca será completo, sem a parte prática da lição.

Ser um religioso não vai de encontro à vontade de Deus. Pelo contrário, o desejo dEle é que nos mantenhamos incontaminados e que mostremos o amor de Cristo à sociedade. Portanto, igreja, sejamos religiosos! Manifestemos nossas obras para que o mundo reconheça a nossa fé.
No lugar da vergonha, ousadia. No lugar do constrangimento, amor de Deus.

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Deus: Um [Maravilhoso] Delírio

Há alguns dias, passei por uma livraria e um dos livros da seção de lançamentos me chamou a atenção. Seu autor era o biólogo Richard Dawkins e seu título era “Deus: Um Delírio”. Para mim, não foi exatamente uma surpresa, pois já conhecia a fama do escritor: ele é um dos mais fervorosos defensores do ateísmo, na atualidade.

Na verdade, naquele momento, um sentimento mestiço me invadiu. Eu sentia uma mescla de indignação e satisfação, concomitantemente. Indignação por não compreender como alguém pode negar o ser mais real “da existência” (não posso escrever “do universo” porque o Magnífico não se limita a ele); satisfação em perceber que, até nisso, a Palavra de Deus se cumpre.

Não sei se o Todo-Poderoso já havia revelado Dawkins para Paulo, mas quando leio as palavras do apóstolo, isso me passa pela mente, mesmo que por um instante apenas. Leia:

“Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente”. (1 Coríntios 2.14 – ênfase minha).

É como se Paulo tivesse escrito esse trecho pensando no biólogo ateu. Chamar Deus de “delírio” é o cumprimento mais claro que já vi desse versículo. Sem querer, Dawkins se presta à execução de uma verdade bíblica. O motivo? Simples: “Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os homens” (1 Coríntios 1.25a).

A sabedoria e a erudição humanas não parecem ter valor algum se o homem não se fizer como “pequenino” diante de Deus. A arrogância tem afastado muitas criaturas da possibilidade de comunhão real com o Criador. Chamo de arrogância porque não encontro outro vocábulo mais adequado para definir o sentimento de alguém que se acha demasiadamente importante, a ponto de não conseguir reconhecer a existência de alguém superior a si. Jesus advertiu:

“(...) Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e instruídos e as revelaste aos pequeninos” (Mateus 11.25).

Também sou biólogo e sei que não detenho nem um quinto do saber científico do Sr. Dawkins, mas prefiro isso a ser enquadrado nas palavras que Paulo (novamente) deixou para os romanos, falando acerca de alguns que, “inculcando-se por sábios, tornaram-se loucos” (Romanos 1.22).

Sim. Pode chamar o Altíssimo de “delírio”. Ele é um “maravilhoso delírio” revelado a nós. Graças a Deus!

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Viver o Melhor de Deus. Onde?

Criatividade. Qualidade de quem é inventivo, criador. Esta característica é imprescindível no mercado de trabalho atual, inclusive para mim, que sou professor. Criar meios de alcançar os objetivos propostos, com duzentos alunos, não é tarefa das mais fáceis.

Ao que parece, no entanto, o povo de Deus é dotado de uma dose extra dessa qualidade especial. O que temos visto de “invenções” no meio da igreja não está no gibi (nem na Bíblia, em alguns casos).

Depois da febre dos “apaixonados” por Jesus, da “adoração no DNA” e da idéia de que a qualidade do tempo importa mais do que a quantidade de tempo na presença de Deus, surgiu mais uma invencionice no imaginário cristão. O lema é: “Viva o melhor de Deus”.

Mais uma vez, trata-se de uma frase que provoca um forte efeito em nós; afinal de contas, quem não quer sempre o melhor? Quem não é atraído pela idéia do bom, do rentável, do confortável? Entretanto, ao mesmo tempo em que esse discurso é encantador, é também (julgo eu) perigoso. Perigoso porque desvia a minha atenção daquilo que é realmente o melhor de Deus para a minha vida.

O apóstolo Paulo escreve aos Coríntios:

“(...) mas, como está escrito: Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam” (1 Coríntios 2.9).

Em outras palavras, Paulo afirma que existe algo melhor preparado, que nem ele mesmo nem ninguém alcançou, ainda.

Quando alguém afirma que os filhos de Deus devem viver o melhor de Deus, já, sinto como se uma mão estivesse forçando minha cabeça a olhar para baixo, e não para cima. É como se este mundo em que vivemos fosse o alvo da minha esperança; mas isso não pode ser verdade. Não consigo imaginar algo que seja o melhor de Deus para mim que não seja o céu, a cidade celestial. A minha morada eterna é aquilo a que devo me apegar, com todas as forças e desejar, ardentemente, em todos os momentos. João nos encoraja a ter esse sentimento quando diz que naquela Cidade “nunca mais haverá qualquer maldição. Nela estará o trono de Deus e do Cordeiro. Os seus servos o servirão, contemplarão a sua face, e na sua fronte está o nome dele. Então, já não haverá noite, nem precisam eles de luz de candeia, nem da luz do sol, porque o Senhor Deus brilhará sobre eles, e reinarão pelos séculos dos séculos”. (Apocalipse 22.3-5).

Será que há na Terra algo melhor que isso? Impossível! O melhor de Deus para nós tem nome: Céu. Não significa que eu não queira ser abençoado aqui; apenas afirmo que a vida que levo aqui, neste mundo, nunca será comparável à vida que terei na eternidade. Tente sentir:

“E [Deus] lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram” (Apocalipse 21.4).

Vivemos hoje as “primeiras coisas”, mas o melhor virá. Cristo já o conquistou para nós, na cruz do Calvário.

Quando leio as palavras de Paulo e de João, novamente minha visão se eleva e o foco volta para o lugar de onde jamais deveria ter saído.

Quero encorajá-lo a jamais perder de vista o que é realmente melhor para você.

Espero, também, que a criatividade do povo de Deus não extrapole as linhas e entrelinhas bíblicas.

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Para estrear:

COMBINANDO O BARRO COM UM TESOURO


TRIM! Após o toque do sinal, a correria é visível nos corredores de uma escola. Os alunos se dirigem às suas salas e marcam seus lugares. Os professores pegam o material necessário e seguem para vencer mais uma etapa do desafio chamado Educação. Em poucos minutos, estão todos em seus postos realizando a parte que lhes cabe nessa missão. Gosto disso.

Sou professor. Não por falta de outra opção melhor. Não porque conheço alguém que facilitou as coisas pra mim. Não. Sou professor simplesmente porque gosto de sê-lo. Sou professor porque gosto de desafios novos a cada dia; porque gosto de ir ao trabalho sem saber exatamente o que o dia me reserva. Sou professor porque gosto de influenciar vidas.

Quando, no entanto, se fala em ser professor, a imagem que logo surge na mente das pessoas não é nem um pouco parecida com essa que descrevi no parágrafo anterior, mas é a imagem daquele que trabalha muito e ganha pouco. O professor brasileiro ainda é um profissional desvalorizado.

No ano passado, inscrevi-me num concurso para lecionar em um município do Rio Grande do Norte. Quando li no edital o salário, confesso, fiquei tão animado quanto quando ouço a Hora do Brasil. Não, não vou dizer quanto era, mas fez com que eu me sentisse, de certa forma, sem valor para a sociedade. Senti-me um nada depois de coisa alguma. Só fui convencido do contrário pela Palavra de Deus.

Olhemos para Adão. Não o Adão que cuidava do jardim, mas o Adão ainda recém-esculpido por Deus e sem vida. O que vemos? Pó da terra em forma de homem (cf. Gênesis 2.7). Bonito? Com certeza. Valoroso? Impossível. Deus não fez o homem a partir do ouro, da prata ou do ferro. Deus não recheou a estrutura humana de nobreza. Deus fez Adão do “pó”.

O que Deus fez em seguida é que fez toda a diferença:

“E formou o SENHOR Deus o homem do pó da terra e soprou em seus narizes o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente” (Gênesis 2.7 – grifo meu).

O SENHOR Deus colocou dentro do homem algo divino: o fôlego da vida. Diretamente do interior de Deus para o interior do homem. O pó inerte ganhou células, tecidos, músculos, pulmões, coração pulsante, um cérebro com milhões de conexões neuronais complexas e “o homem foi feito alma vivente”. O Criador não fez nada semelhante com os outros seres vivos. Essa singularidade deu ao homem uma posição especial na criação. A matéria-prima sem valor tornou-se, então, a coroa da criação divina.

O Criador nos valoriza. Jesus confirmou isso. Sim, ele deixou isso bem claro quando, do alto de um monte, ensinava os seus discípulos a não andarem ansiosos quanto à vida deles (cf. Mateus 6.25-34). Se o Pai celestial provê o alimento para as aves do céu, que nada entendem sobre agricultura, não faria o mesmo por nós? Afinal de contas, completou Jesus, “não tendes vós muito mais valor do que elas?” (v.26). Valor? Eu? Isso mesmo! Não satisfeito, o Educador Jesus dá um outro exemplo: Se Deus veste os lírios do campo, que nunca pegaram num fio para coser, não faria o mesmo conosco? Mais uma vez, ele nos demonstra apreço quando diz: “(...) não vos vestirá muito mais a vós?” (v.30).

Sinto-me bem melhor com as palavras de Jesus do que com o meu salário. Também gosto das palavras que o apóstolo Paulo escreveu aos coríntios em sua segunda carta:

“Temos, porém, esse tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós” (2 Coríntios 4.7).

A graça de Deus derramada em nossos corações é como um tesouro colocado em vasos de barro (lembra-se de Adão?). Novamente somos comparados ao barro sem valor. E, novamente, Deus valoriza esse barro pondo nele algo de si mesmo. Ele tem grande estima por nós!

A consideração de Deus para com os homens também alcançou uma mulher pecadora. João nos conta sua história (cf. João 8.1-11). Ela fora apanhada no ato do adultério e levada à força até o templo, onde Jesus estava. É improvável que alguém se tenha preocupado em vesti-la; portanto, imagine como aquela mulher se sentia levando os pesos da vergonha e do pecado. A última coisa que ela poderia pensar é que alguém lhe pudesse dar valor. Os escribas e os fariseus não o fizeram; por que Jesus o faria?

Os conhecedores da lei queriam apedrejá-la. Eles se colocaram em posição de julgamento e, portanto, de superioridade em relação àquela pobre mulher. Mas Jesus pensava diferente:

“(...) Aquele que dentre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela” (João 8.7).

Pela primeira vez desde que foi pega, aquela mulher encontrou um resquício de dignidade nas palavras de alguém. Na verdade, Jesus derrubou os “doutores” de seus pedestais e colocou-os no mesmo patamar da acusada. Eram todos pecadores. Mais uma vez o Mestre dedica valor a quem não merece. Mais uma vez o barro sujo recebe o tesouro da graça divina e uma nova chance: “(...) vai-te e não peques mais” (v.11).

Desprezado pela família? Desonrado pelo filho? Humilhado no emprego? Professor? Jesus valoriza você!

Para mim, é confortante saber que, se uma prefeitura municipal não me valoriza tanto, o Reino de Deus o faz. É bom saber que sou caro para Deus. Pelos méritos de Jesus, meu valor é alto.