quinta-feira, 6 de março de 2008

Data Especial? Depende do Ponto-de-Vista.

O relato da criação é algo fantástico. Imaginar como tudo se processou é uma vã tarefa para nós, pobres mortais. Sempre especularemos, mas nunca compreenderemos, ou sequer conseguiremos reproduzir em nossas mentes a grandiosidade do maior espetáculo de todos os tempos. A criação é, de fato, o anúncio maior do poder e da glória de Deus.

Existe, porém, algo na criação que revela, além do poder e da glória divinos, a sua imensa criatividade. Não se trata da geração de luz sem a ajuda das turbinas de Paulo Afonso. Também não me refiro à diversidade de seres vivos criados. Refiro-me a algo mais impressionante.

A luz já brilhava, os astros já obedeciam às leis da Física e as plantas já serviam de alimento aos animais, quando Deus resolveu criar o homem. “Façamos” (Gênesis 1.26). E foi feito. Cabeça, pescoço, tronco e membros. Perfeito!

Ops! Nem tanto. Todas as coisas criadas foram classificadas por Deus como sendo “boas”. Mas em meio a tudo isso, Deus encontra algo de que Ele não gosta.

“E disse o SENHOR Deus: Não é bom que o homem esteja só; (...)” (Gênesis 2.18 – ênfase minha).

Deus não gostou de ver o homem sozinho. E tratou de resolver o problema:

“(...) far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante dele” (Idem).

É exatamente aí que Deus revela seu lado mais criativo. Da costela de um homem, Deus consegue produzir um ser extremamente diferente daquele que lhe deu origem. Surge a mulher.

Homens e mulheres acumulam diferenças que, sinceramente, me deixam intrigado. Elas são mais sensíveis. Eles são melhores no raciocínio lógico. Elas são mais resistentes à dor. Eles são mais práticos.

E pensar que a diferença era só uma costela... Deus é mesmo criativo.

Devido a essas muitas diferenças, surgiu a famosa guerra dos sexos. O machismo e o feminismo brigando para ver quem vai-se dar melhor. Por causa disso, a mulher vem tentando (e, muitas vezes, conseguindo) assumir posições na sociedade nas quais só homens eram encontrados. E a onda do feminismo tem invadido as igrejas.

A mulher cristã, ao que parece, está tentando valorizar-se à força. Pregações sobre mulheres corajosas e importantes e músicas que falam mais sobre as mulheres do que sobre Cristo já têm encontrado espaço em nossos púlpitos, algumas vezes. A falta de naturalidade com que as mulheres tratam o assunto “mulher” soa aos meus ouvidos como uma tremenda falta de auto-estima.

Já ouvi dizerem que Jesus apenas elogiava a fé das mulheres e criticava a falta de fé nos homens; portanto, as mulheres teriam algum tipo de vantagem no relacionamento com Deus. E já ouvi até mesmo falarem que Deus ouve mais facilmente a oração de mulheres do que a de homens, pois elas possuem vozes “mais suaves”.

Diante de tamanha apelação, gostaria de encorajar a todos, homens e mulheres, a não entrarem no jogo da “guerra dos sexos”. Gosto das palavras de Paulo:

“No Senhor, todavia, nem a mulher é independente do homem, nem o homem, independente da mulher. Porque, como provém a mulher do homem, assim também o homem é nascido da mulher; e tudo vem de Deus” (1 Coríntios 11.11-12 - ARA).

Deus trata a todos igualmente. Assim como usa o homem, usa a mulher. Ama o homem e ama a mulher. Criou o homem e criou a mulher. Por isso, as mulheres têm um valor enorme diante do Senhor, não necessitando, portanto, de artifícios que façam com que elas se sintam mais especiais.

Por isso, não creio que Deus se importe com o dia 8 de Março de uma maneira especial, diferente dos outros. Creio no Deus que ama as mulheres incondicionalmente, em qualquer dia do ano: 4 de Janeiro, 12 de Agosto, 5 de Novembro, 23 de Julho, 8 de Março...

Parabéns, mulheres! Não simplesmente pelo seu dia, mas, principalmente, pelo seu Deus.

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