sexta-feira, 25 de abril de 2008

Evitando uma Epidemia Pior

Em tempo de epidemia de dengue, falar sobre mosquitos não é nenhuma novidade. No entanto, aprendi muito hoje pela manhã com os mosquitos do meu quarto. Não. Não foi uma lição a respeito de doenças tropicais, mas uma lição a respeito do Diabo.

Enquanto eu aproveitava a melhor parte do sono – a última –, fui surpreendido por um ataque de mosquitos, que me picavam em escala industrial. O mais curioso nisso tudo é que eu sempre durmo coberto com um lençol. Como esses mosquitos alcançaram minha pele? Não demorou muito para eu entender a razão do sucesso dos dípteros atrevidos. Eu não percebi, durante o sono, que surgira uma brecha, um espaço por onde esses insetos podiam passar facilmente. Para voltar a dormir tive que desfazer a brecha e me certificar de que o lençol realmente estava “vedado”.

Acordei, então, com a voz de Pedro ecoando em minha mente:

“Sede sóbrios, vigiai, porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar” (1 Pedro 5.8).

Comecei a imaginar a cena que se passava no meu quarto enquanto eu ainda dormia. Os mosquitos olhavam para mim, estendido naquela cama, e viam um enorme potencial (alimentício, é claro!). Porém, uma barreira se levantava contra os seus objetivos: meu lençol. Aquele pedaço de pano retangular estampado era o abismo que separava os seus sonhos (minhas suculentas gotas de sangue) da realidade. Se existisse algum Aedes Drummond de Andrade, diria: “No meio do caminho tinha um lençol / Tinha um lençol no meio do caminho”. Isso mesmo: tinha.

De repente, abre-se uma brecha e a turma das asinhas não se contém de felicidade. Rumo à Pele Prometida!, grita um deles. A Canaã da “mosquitada” fica por baixo do meu lençol. E nada de leite ou mel; é sangue mesmo que eles querem.

Visualizou a cena? Agora, releia as palavras de Pedro e perceba a grande lição que recebi:

“Sede sóbrios, vigiai, porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar” (1 Pedro 5.8).

O zunido dos mosquitos nos meus ouvidos tornou-se uma séria advertência para a minha vida espiritual. Pedro nos avisa que o diabo não está distante de nós. Apesar de termos Cristo ao nosso lado para nos proteger, a ordem é vigiar. Enquanto eu estava acordado, mosquito algum me incomodou. Quando passei a dormir, surgiu uma brecha. “Sede sóbrios”, diz Pedro.

Ficar atento é fundamental para não cair nas garras do inimigo. É durante a distração que se abrem as fendas espirituais. É na hora do “isso não tem nada a ver” que o diabo aproveita para invadir o seu lençol. São os momentos de distração que abrem brechas para o adversário. E ele as aproveita como ninguém.

O que ele quer? Seu sangue. Assim como os mosquitos aproveitaram a brecha no lençol para sugar meu sangue, o diabo aproveitará qualquer brecha na minha muralha espiritual para fazer o mesmo. Sangue significa vida (cf. Levítico 17.11), e é a sua vida que o diabo quer. Lembremo-nos de que ele veio “senão a roubar, a matar e a destruir” (João 10.10).

Graças a Deus porque Pedro não nos deixou apenas com a descrição das intenções do inimigo, mas nos deu a fórmula da vitória:

“(...) ao qual [ao diabo] resisti firmes na fé (...)” (1 Pedro 5.9a).

Para vencê-lo, basta permanecer acordado e resistir. Tiago nos garante que quando fizermos isso, ele fugirá (cf. Tiago 4.7).
Para evitar uma epidemia de pecado, vigie, não durma! O mosquito (ou melhor, o inimigo) está à solta.

2 comentários:

Unknown disse...

Posso afirmar que sempre leio os seus artigos e cada vez mais fico surpresa e grata a Deus pela inspiração que ELE te concede para escrever coisas tão edificantes para as nossas vidas. Coisas, aparentemente, tão insignificantes como um mosquito nos dão uma enorme lição. Que Deus continue te abençoando!

Unknown disse...

Muito interessante o artigo
DEus abençoe sua vida cada vez mais!
Você é um canal de bençãos na vida de todos nós do sal da terra!
Um exemplo de cristão, Deus vai te recompensar!!!