quinta-feira, 10 de abril de 2008

O Deus sem Limites

Nesta semana, comecei a ler um livro cujo título é A Vida no Limite, de Frances Ashcroft. Ela é professora de fisiologia em Oxford e escreveu esse livro para analisar o funcionamento do corpo em situações extremas, como a altitude, o calor, o frio, etc.

Acho tudo isso muito interessante (talvez por ser professor de biologia), mas há algo, muito além da fisiologia, que vem chamando a minha atenção nessa leitura: a escolha de Deus.

Lendo as palavras da professora Frances, deparo-me com aves que não fazem a menor cerimônia para respirar em altitudes que fariam qualquer ser humano arquejar (se ainda estiver vivo); sou apresentado a espécies que podem sobreviver a uma profundidade de mais de 1500 metros, onde a pressão pode chegar a 150 vezes a pressão atmosférica ao nível do mar. Observo tudo isso com um sentimento de incapacidade e limitação (corroborando com o título do livro). Vejo que outros seres vivos apresentam características que nos surpreendem, mas não fazem o Criador maravilhar-se, pois, a despeito de todas as outras espécies, foi a respeito do Homo sapiens que foi dito: “(...) tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra.” (Gênesis 1.26b).

Estudando a perfeição da natureza e as adaptações que algumas espécies possuem, fico maravilhado com esse trecho do Gênesis. Deus escolhe o homem como “chefe” do Setor de Criaturas Terreno, mesmo sabendo das limitações fisiológicas dele. Sinto-me, então, inclinado a unir-me a Davi em seu cântico:

“Que é o homem, que dele te lembres? E o filho do homem, que o visites?” (Salmo 8.4).

Na verdade, a resposta a essa indagação Deus já dera antes mesmo de pronunciar as palavras que citei há pouco. No mesmo versículo do Gênesis, Deus justifica a posição de destaque do homem na criação.

“Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança (...)” (Gênesis 1.26a).

Está explicado. Se o Homo sapiens possui algum diferencial nessa terra, não é exatamente força ou resistência, mas a Imagem de Deus. Paulo já havia compreendido isso quando citou:

“Para que, como está escrito: Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor” (1 Coríntios 1.31).

Nossa principal virtude não são nossos pulmões, muito menos nossos sentidos aguçados. Nossa maior qualidade é nosso Criador. A capacidade que temos de construir com Ele um relacionamento é única na natureza terrestre.

Sei que minha leitura ainda me deixará boquiaberto várias vezes, mas o Deus sem limites o fará muito mais.

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